Os beneficiários da gestão municipal estão rindo-à-toa. Sociedade separada entre os que participam da farra municipal e os que são os cobaias. Alguns deles (para não generalizar) da fotomontagem acima, estão sempre no poder, não importa a cor: laranja, verde, vermelho, azul: são os que sofrem metamorfose sem se preocupar com a imagem.
Hoje, sexta-feira
dia 19 de setembro, deparei-me com duas situações distintas.
A primeira: no
percurso para o trabalho (a pé) um certo senhor conhecidíssimo da nossa
sociedade aparentando de 65 a 70 anos –
experiente e vivido - abordou-me e indagando-me perguntou:
- Onde está o povo
dessa cidade suja, mal cuidada, desgovernada, cheia de lixo e esburacada? – Ele
óbvio, culpa a população por não cobrar mais do governante municipal. Fazer o
quê?
A conversa fluía em torno do assunto e o tema
saúde, corrupção e roubalheira, exaltou o experiente cidadão de cabelos
grisalhos que transfigurou-se em raiva deixando aparentemente todo o seu rosto
avermelhado e a voz quase trêmula de tanta decepção.
A nossa conversa
fora interrompida subitamente pelo velho e perturbador celular e ele teve que
seguir sua jornada praguejando com todos e tudo de ruim neste país.
A segunda: Logo
após o fim da ligação do celular, encontrei um jovem de 27 anos – inexperiente mais
cheio de traquejo e maledicência – um malandro que quer parecer esperto, mas
não passa de um abobalhado inebriado pela oferta das facilidades, e com um
sorriso maroto perguntou-me se eu tinha visto a “grande carreata do 40” (que
acontecera na quinta-feira 18).
Respondi que tinha
acompanhado de perto o evento e realmente a quantidade de veículos era de
assustar, faltou apenas combinar com a militância para que todos os veículos
tivessem garantidos a lotação máxima e convincente de quem vai conseguir chegar
aos sessenta mil votos, como os velhos fanáticos do turno propagam.
Um desfile de carrões
novos (muitos deles com vidros fumês e travados) e em sua maioria, ora com
apenas o motorista, ora com motorista e o passageiro. A turma do “corte o bolo que
eu quero um pedaço” é prova cabal do dinheiro que rola frouxo nessa sociedade segregada
que desconhece crise econômica.
O rapaz começou inequivocamente
a pontuar as velhas obras de Eduardo Campos (in memoriam) em Araripina, para
despistar mais uma vez a falta de compromisso e responsabilidade do gestor
municipal. Falou de forma atabalhoada das ações do prefeito e defendeu a sua
administração como a melhor de todos os tempos (eu imagino a pior), discurso
digno de bajulador de que quem tem toda a família mamando nas tetas da
prefeitura. Esse pode bajular a vontade e em coro familiar.
Nesse intervalo de
tempo em que encontramos olhos bem abertos e a voz da experiência, olhos
vendados e a miopia jovem da ignorância, pudemos constatar que a nossa
sociedade está dividida entre aqueles que querem realmente o bem de Araripina e aqueles que querem apenas se dar bem.
O mosaico das fotos
(um montagem do blog) ilustra perfeitamente essa segregação dos que são
beneficiados pela gestão municipal e dos que são simplesmente as cobaias. Todos
ali representam a máxima de que é dando que se recebe.
Uma observação: alguns estão confundindo o
sobrenome PAIXÃO e me associando a um membro da minha família que por ofertas
miraculosas e induzido pela mesma praga que conduz a nossa cidade e esse país
ao caos, resolveu estampar a mesma cara dos despudorados nas redes sociais. Sou
autêntico, mas infelizmente nasci no mesmo seio que retrata essa desgraça do
comércio da compra do voto que descredencia o homem a apresentar o cartão de
cidadão de caráter.
Boa Leitura.
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Blog do Paixão