sexta-feira, setembro 19, 2014

ARTIGO: É DANDO QUE SE RECEBE


Os beneficiários da gestão municipal estão rindo-à-toa. Sociedade separada entre os que participam da farra municipal e os que são os cobaias. Alguns deles (para não generalizar) da fotomontagem acima, estão sempre no poder, não importa a cor: laranja, verde, vermelho, azul: são os que sofrem metamorfose sem se preocupar com a imagem. 

Hoje, sexta-feira dia 19 de setembro, deparei-me com duas situações distintas.
A primeira: no percurso para o trabalho (a pé) um certo senhor conhecidíssimo da nossa sociedade aparentando  de 65 a 70 anos – experiente e vivido - abordou-me e indagando-me perguntou:
- Onde está o povo dessa cidade suja, mal cuidada, desgovernada, cheia de lixo e esburacada? – Ele óbvio, culpa a população por não cobrar mais do governante municipal. Fazer o quê?
A conversa fluía em torno do assunto e o tema saúde, corrupção e roubalheira, exaltou o experiente cidadão de cabelos grisalhos que transfigurou-se em raiva deixando aparentemente todo o seu rosto avermelhado e a voz quase trêmula de tanta decepção.
A nossa conversa fora interrompida subitamente pelo velho e perturbador celular e ele teve que seguir sua jornada praguejando com todos e tudo de ruim neste país.
A segunda: Logo após o fim da ligação do celular, encontrei um jovem de 27 anos – inexperiente mais cheio de traquejo e maledicência – um malandro que quer parecer esperto, mas não passa de um abobalhado inebriado pela oferta das facilidades, e com um sorriso maroto perguntou-me se eu tinha visto a “grande carreata do 40” (que acontecera na quinta-feira 18).
Respondi que tinha acompanhado de perto o evento e realmente a quantidade de veículos era de assustar, faltou apenas combinar com a militância para que todos os veículos tivessem garantidos a lotação máxima e convincente de quem vai conseguir chegar aos sessenta mil votos, como os velhos fanáticos do turno propagam.
Um desfile de carrões novos (muitos deles com vidros fumês e travados) e em sua maioria, ora com apenas o motorista, ora com motorista e o passageiro. A turma do “corte o bolo que eu quero um pedaço” é prova cabal do dinheiro que rola frouxo nessa sociedade segregada que desconhece crise econômica.
O rapaz começou inequivocamente a pontuar as velhas obras de Eduardo Campos (in memoriam) em Araripina, para despistar mais uma vez a falta de compromisso e responsabilidade do gestor municipal. Falou de forma atabalhoada das ações do prefeito e defendeu a sua administração como a melhor de todos os tempos (eu imagino a pior), discurso digno de bajulador de que quem tem toda a família mamando nas tetas da prefeitura. Esse pode bajular a vontade e em coro familiar.
Nesse intervalo de tempo em que encontramos olhos bem abertos e a voz da experiência, olhos vendados e a miopia jovem da ignorância, pudemos constatar que a nossa sociedade está dividida entre aqueles que querem realmente o bem de Araripina e aqueles que querem apenas se dar bem.
O mosaico das fotos (um montagem do blog) ilustra perfeitamente essa segregação dos que são beneficiados pela gestão municipal e dos que são simplesmente as cobaias. Todos ali representam a máxima de que é dando que se recebe.
Uma observação: alguns estão confundindo o sobrenome PAIXÃO e me associando a um membro da minha família que por ofertas miraculosas e induzido pela mesma praga que conduz a nossa cidade e esse país ao caos, resolveu estampar a mesma cara dos despudorados nas redes sociais. Sou autêntico, mas infelizmente nasci no mesmo seio que retrata essa desgraça do comércio da compra do voto que descredencia o homem a apresentar o cartão de cidadão de caráter. 
Boa Leitura.

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Blog do Paixão

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